sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Nova opção de lazer: Programa de visitas monitoradas às Igrejas do Centro Histórico de Santos

Revista Eletrônica "Patrimônio :Lazer e Turismo - UNISANTOS- Painel - Jandira Adegas
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Espalhadas por toda a cidade, as Igrejas de Santos exibem, através de seus variados estilos arquitetônicos, seus acervos de arte sacra e de suas histórias, as transformações da região. Construídas em diferentes períodos e locais, como morros, bairros, de frente para o mar, em hospitais, ou dentro dos mais tradicionais colégios da cidade, retratam os valores e costumes de suas épocas. As mais antigas estão localizadas no Centro Histórico. Todas, independentes dos períodos em que foram erguidas, merecem a visitação, tanto dos residentes, como dos turistas.Procurando diversificar o turismo na região, a Secretaria de Turismo (SETUR), em parceria com a Secretaria da Ação Comunitária (SEAC) e a Cúria Diocesana, estão promovendo uma nova opção de roteiro: o “Programa de Monitoria às Igrejas do Centro Histórico” e, entre os atrativos, verdadeiras relíquias do período colonial.Para integrar o programa, os templos foram analisados e selecionados sob o ponto de vista artístico-arquitetônico e de sua relevância para transformação de vila colonial para cidade de Santos.O roteiro inclui as visitas1 à Catedral de Santos, ao Convento da Ordem Primeira do Carmo, à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, à Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat, ao Santuário de Santo Antônio do Valongo e ao Museu de Arte Sacra – localizado no antigo Mosteiro de São Bento. Os locais são as referências religiosas mais importantes da cidade.
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O conjunto do Carmo, com Igreja e Capela datadas de 1580 e 1760, respectivamente, é exemplo da arte barroca brasileira. Reúne pinturas de Benedito Calixto e obras do frei carmelita Jesuíno do Monte Castelo (1764-1819), pintor, insigne compositor, encarnador, dourador e prático das artes a serviço da liturgia -. Sobre as obras deste último para a igreja santista, as opiniões ao divididas. Segundo Benedito Calixto: "foi durante sua permanência em S. Paulo que o padre Jesuíno, coadjuvado por seu filho Eliseu, (frei Jesuíno possuía quatro filhos, e foi para o sacerdócio após a sua viuvez) entalhou o belo retábulo para a igreja do Recolhimento de Santa Teresa, o mesmo que ora se inaugura na igreja de S. Bento, em Santos." (jornal "A Tribuna" de 10 de dezembro de 1903), opinião da qual Mário de Andrade, autor de “Padre Jesuíno do Monte Carmelo”, discordava.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2004

Santos e seus arrabaldes - Gino Caldatto Barbosa

Trecho do livro
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"A presença carmelita em Santos data do final do século XVI, facilitada com a doação, pela família Adorno, da Capela Nossa Senhora da Graça, situada próxima ao Valongo, onde se passaram a exercer as atividades da ordem. O fundador de Santos, Braz Cubas, também contribuiu com a concessão de terras para a construção da futura igreja, no local atualmente denominado Praça Barão do Rio Branco.
"Os edifícios documentados em 1865 expressam as reformas realizadas no século XVIII para a introdução do repertório barroco na Capela da Venerável Ordem Terceira, à esquerda, em 1752, e na Igreja da Ordem Primeira, concluída dois anos depois, em 1754. Integridade arquitetônica hoje inexistente, prejudicada com a descaracterização do convento, situado à direita da igreja, para a inclusão do Panteão dos Andradas, em 1923, até resultar na demolição da parte restante do edifício, promovida em meados do século XX.
"O conjunto do Carmo aparece em três aproximações distintas, que o fotógrafo documentou por meio das tomadas da Rua Meridional e do Pátio do Carmo e na imagem específica da grande edificação feita ao lado da Cadeia Velha"